Orçamento pessoal: como criar e manter um plano de poupança eficaz
- Hugo Venâncio
- 15 de out. de 2023
- 3 min de leitura
Muitos portugueses partilham um problema comum: a complexidade de estabelecer um orçamento pessoal. Muitos tentam encontrar orientação ou imitar o que funcionou com outros, mas, frequentemente, esses passos ou exemplos são distantes da sua realidade, tornando a tarefa confusa e complicada. No entanto, acredite, é possível resolver essa questão!
Neste artigo, apresento orientações fundamentais para criar um orçamento eficaz, eficiente e personalizado de acordo com a tua situação financeira. Continua a leitura!
O que envolve o conceito de orçamento pessoal?
O orçamento pessoal é um acompanhamento minucioso que se faz das tuas finanças, incluindo rendimentos, despesas, poupanças, investimentos, entre outros. O propósito é compreender a situação financeira pessoal e as mudanças ao longo do tempo. Este processo também implica em adquirir um conhecimento mais profundo sobre os teus hábitos financeiros e como influenciam a qualidade da tua vida financeira.
Como criar o teu orçamento pessoal?
A criação de um orçamento pessoal pode ser mais simples do que imaginas. Para isso, existem algumas diretrizes essenciais que devem orientar o teu planeamento. Aqui estão algumas delas:
1. Estabelece os teus objetivos
Um orçamento eficaz deve ter objetivos claros. Estes objetivos não apenas servem como motivação, mas também guiam a montagem, análise e execução do plano nos meses seguintes. Portanto, reserva um tempo para refletir sobre as tuas metas financeiras. Por exemplo, desejas entender por que não consegue poupar dinheiro no final do mês? Pretendes limpar o teu histórico de dívidas?
2. Regista todas as entradas
O segundo passo é registar todas as fontes de rendimento mensal, seja um valor fixo ou variável. Isso inclui o teu salário, prémios por atingires metas no trabalho e qualquer rendimento extra durante o mês. Se tiveres investimentos, estes também devem ser registados, uma vez que podem ser usados para cobrir despesas pessoais ou familiares a qualquer momento.
3. Identifica todas as despesas, mesmo as pequenas
Chegou a altura de identificar todas as tuas despesas durante um determinado período, preferencialmente num ciclo de 30 dias. Regista não apenas as entradas, mas também as despesas. É importante listar todas as despesas, mesmo as que pareçam insignificantes devido aos montantes reduzidos. Tudo deve ser somado, incluindo despesas como:
- Contas domésticas (água, luz, internet, etc.).
- Despesas de habitação (renda, condomínio, financiamento da casa, etc.).
- Pagamentos com cartões de crédito, prestações, crédito pessoal, entre outros.
- Custos de transporte.
- Despesas de saúde para ti, para a família e até para animais de estimação, caso tenhas.
- Despesas de compras semanais ou mensais no supermercado.
- Gastos com refeições fora de casa.
- Despesas com vestuário e artigos para a casa.
Como manter o seu orçamento?
Até este ponto, expliquei como iniciar a criação do teu orçamento. Agora, é crucial conheceres as estratégias que mantêm a eficácia ao longo do tempo, apesar das mudanças e imprevistos que possam surgir. Aqui estão algumas sugestões:
Constrói um fundo de emergência
Um orçamento não se aplica apenas ao presente, mas também ao futuro. Portanto, é fundamental construir um fundo de emergência para enfrentar problemas inesperados. Podes alocar parte do teu rendimento disponível mensal para começar a construí-la. Alguns especialistas recomendam reservar entre 10% e 20% desse valor até acumular, no mínimo, o equivalente a seis meses de despesas.
Estabelece uma frequência de análise
É importante analisar regularmente o teu orçamento para identificar potenciais problemas com rendimentos e hábitos financeiros. Uma sugestão é fazer isso de mês a mês. Esse intervalo permite uma visão geral da tua situação financeira e ajuda a identificar qualquer problema antes que saia do controlo e leve a endividamento.
Encontra oportunidades para aumentar rendimentos e reduzir despesas
Com base na análise anterior, podes identificar despesas variáveis que podem ser reduzidas, como as relacionadas com cartões de crédito, a fim de aumentar a poupança. Além disso, considera a possibilidade de aumentar os teus rendimentos, por exemplo, trabalhando mais horas, quando as despesas fixas aumentam.
Aplica as mudanças e compara resultados mês a mês
Ao começares a reduzir despesas e a procurar novas fontes de rendimento, é importante comparares os resultados antes e depois da implementação dessas estratégias. Isso permite-te avaliar o que realmente beneficia a tuaT situação financeira, o que teve pouco ou nenhum impacto e quais medidas devem ser tomadas nos meses seguintes.
Ter um orçamento pessoal é fundamental para organizar as tuas finanças, pagar dívidas e garantir estabilidade financeira. No entanto, criar e implementar um plano de orçamento não é suficiente; é necessário planear a sua manutenção a longo prazo, ajustando-o quando necessário para continuar a trabalhar em seu benefício.
Já começaste o teu orçamento pessoal?
Comments